Mais um ano se encerra e com ele ficam os dados históricos e iniciam-se as perspectivas para o ano que entra. Faltando menos de uma semana para a virada do ano, acredito que vale a pena fazer um resumo dos investimentos no Brasil no ano. Certamente os motivos que mais chamaram a atenção em 2010 foram as diversas tensões políticas e econômicas pelo mundo, o mercado interno bem aquecido iniciando uma nova alta nos juros e o provável inicio de uma guerra cambial.
Todos os dados que comentarei abaixo são do fechamento do mercado em 17/12/10.
Na Bolsa, o Índice Bovespa encontra-se negativo em -0,9%. E, quem observa apenas esse dado acredita que a Bolsa tenha tido um ano ruim, porém não é exatamente isso que ocorreu. De maior relevância houve a capitalização da Petrobras e suas incertezas devido a forte ingerência política que cerca a empresa. Com isso as ações da Petrobras no ano estão negativas em pouco mais de 27%. Além da Petrobras, o ITEL, Índice que engloba as empresas do setor de Telecomunicações é o único que figura no negativo caindo 11%. Alguns outros Índices apresentaram boa performance no ano e são eles: Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) +5%, Índice de Energia Elétrica (IEE) +10%, Índice das empresas de Consumo (ICON) +23%, Índice Imobiliário (IMOB) +3,5% e Small Caps (SMLL) +19%.
Nos mercados futuros, os preços dos ativos também tiveram significativas altas no ano principalmente o açucar (+57%), ouro (+38%), Boi (37,5%), e Soja (+28%). Já o Dólar andou na contramão dos demais e fecha o ano negativo em 9%.
A taxa de juros brasileira devido ao aquecimento do mercado iniciou 2010 a 8,75% e termina o ano a 10,75%. A grande vilã para isto ocorrer foi a alta da inflação. No ano, os índices mais importantes que medem a inflação no país fecham em alta: IPCA (+5,25%), IGP-M (+10,56%) e INCC (+7,06%).
Outros destaques positivos no mercado interno foram as vendas de veículos novos que bateram recordes seguidos mês a mês, a venda de imóveis que continuou em um ritmo muito aquecido e a taxa de desemprego pouco acima dos 3% no ano.
A Poupança deverá fechar o ano em 6,6%.
Um outro mercado que começou a chamar atenção do investidor brasileiro são os Fundos de Investimento Imobiliário devido a oportunidade de diversificação e de ganhos mensais isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Boas Festas e até mais com as perspectivas para 2011.
E, caso queira receber maiores informações deste mercado com maior frequência, basta enviar um email para roberto.indech@spinvestimentos.com.br que lhe adicionarei em minha newsletter.
sábado, 25 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Newsletter Semanal
Infelizmente está cada vez mais dificil postar informações no Blog por motivos profissionais a que estou me dedicando atualmente. Porém, caso queira receber informações semanais sobre investimentos me envie um email para: roberto.indech@spinvestimentos.com.br que irei te adicionar em meu mailing semanal com diversos temas e anexos sobre este mundo dos investimentos.
domingo, 24 de outubro de 2010
Fundo de Investimento Imobiliário
Este Blogueiro está muito longe deste espaço, mas nunca esquece de algo muito importante: investimentos. Neste post comento um pouco mais de um tipo de investimento que está entrando em cena cada vez mais no cenário brasileiro: Fundo de Investimento Imobiliário. Como alternativa de aplicação, o Fundo de Investimento Imobiliário (FII) é um veículo de investimento em imóveis com o objetivo de conseguir retorno pela exploração de locação, arrendamento, venda do imóvel e demais atividades do setor imobiliário. Do patrimônio de um fundo, podem participar um ou mais imóveis, parte de imóveis, direitos a eles relativos, entre outras opções. Na maior parte dos FII's o investimento se resume a adquirir um imóvel para receber renda do aluguel e se aproveitar da valorização do principal (cota) investido.
A idéia de investir em um FII é basicamente substituir a burocracia de investir em imóveis para locação sem se preocupar com o inquilino, receber rendimentos mensais isento de imposto de renda e diversificar o portfólio de investimentos.
Outros pontos positivos são: a simplicidade adquirir cotas na Bolsa de Valores (HomeBroker); liquidez (principalmente para valores altos); custos (geralmente as corretoras/bancos cobram cerca de 1% do patrimônio na operação); vantagem fiscal (não há incidência de IR sobre o rendimento distribuído pelo fundo, o que aumenta o retorno); riscos (o FII em sua maioria investe em grandes empreendimentos com diversificação de inquilinos, não dependendo da qualidade financeira de um só inquilino).
Em relação a distribuição de resultados, os FII's devem distribuir 95% de todo o lucro que auferir ao mês, assim ao final de cada período o investidor recebe o rendimento como se fosse o aluguel.
Atualmente há diversos FII's sendo negociados. Como parte de estratégia de diversificação, há opções como Hospitais, Imóveis comerciais variados, Shopping Centers e Hotéis/Flats. Nestes casos, é interessante avaliar as perspectivas de cada setor e se os empreendimentos já possuem contrato de locação longo e qual o valor a ser reajustado via índices de inflação no caso dos empreendimentos comerciais.
A idéia de investir em um FII é basicamente substituir a burocracia de investir em imóveis para locação sem se preocupar com o inquilino, receber rendimentos mensais isento de imposto de renda e diversificar o portfólio de investimentos.
Outros pontos positivos são: a simplicidade adquirir cotas na Bolsa de Valores (HomeBroker); liquidez (principalmente para valores altos); custos (geralmente as corretoras/bancos cobram cerca de 1% do patrimônio na operação); vantagem fiscal (não há incidência de IR sobre o rendimento distribuído pelo fundo, o que aumenta o retorno); riscos (o FII em sua maioria investe em grandes empreendimentos com diversificação de inquilinos, não dependendo da qualidade financeira de um só inquilino).
Em relação a distribuição de resultados, os FII's devem distribuir 95% de todo o lucro que auferir ao mês, assim ao final de cada período o investidor recebe o rendimento como se fosse o aluguel.
Atualmente há diversos FII's sendo negociados. Como parte de estratégia de diversificação, há opções como Hospitais, Imóveis comerciais variados, Shopping Centers e Hotéis/Flats. Nestes casos, é interessante avaliar as perspectivas de cada setor e se os empreendimentos já possuem contrato de locação longo e qual o valor a ser reajustado via índices de inflação no caso dos empreendimentos comerciais.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Energia Elétrica - Setor
Na tabela acima, apresento os indicadores atuais (fechamento 20/8/10) das principais empresas do setor elétrico que possuem ações na Bolsa. Abaixo farei breves comentários sobre os balancetes apresentados por estas empresas.
AES Tietê: Há no mínimo oito trimestres a empresa apresenta receita bruta acima dos R$400 milhões. A inconsistência do resultado financeiro traduz em variações do lucro líquido ao final dos trimestres. Apesar dessa instabilidade neste resultado especificamente, a empresa possui ótimos indicadores, é transparente e estável, além do pay out (100%) ser regular e ser uma característica benéfica à empresa. Certamente uma das melhores empresas do setor.
Coelce: A maior característica dessa empresa são os "gordos" e regulares dividendos pagos ao final de abril nos últimos anos. A consistência dos resultados e do crescimento da empresa refletem também como fatores positivos, além dos indicadores atuais.
Cemig: Mesmo com a política agressiva de aquisições nos últimos anos, a empresa parece não apresentar grande atratividade ao mercado neste ano apresentando rentabilidade negativa. A dívida bruta sobre o patrimônio e a liquidez corrente encontram-se em valores confortáveis no momento. Entretanto, outros indicadores não são atraentes no momento em comparação com a média do setor.
Cesp: Parece que a maior atratividade dos investidores na empresa é o fato do tucano Geraldo Alckmin vencer a eleição para o governo de São Paulo. Isto daria continuidade ao processo de privatização da empresa já iniciado no governo Serra. CESP6 possui 100% de tag along e o valor estimado em 2008 girava em torno dos R$48,00. Vale a aposta? Cabe a cada um decidir o custo de oportunidade. O upside neste preço estaria em torno de 80% com o preço de fechamento da última sexta feira.
Copel: O "risco Roberto Requião" parece afugentar muitos investidores da empresa. Assim como no caso da CESP, os investidores devem aguardar as eleições deste ano para a tomada de decisões. Indicadores relevantes no setor elétrico como DY e EV/EBITDA também fazem do ativo pouco atraente no momento.
Eletropaulo: Uma das melhores empresas do setor no momento. Apresenta resultados crescentes e consistentes, além dos eventos não recorrentes estarem sendo corriqueiros nestes últimos trimestres inflando ainda mais os bons resultados operacionais. Indicadores como P/L, PSR, DY, ROE, EV/EBITDA atuais apresentam o porque da rentabilidade do ativo no ano estar bem acima da média do setor. O fato que pode trazer preocupações ao investidor da empresa é a dívida que a Eletrobras cobra da Eletropaulo no valor aproximado de R$1 bilhão a ser julgado em breve e que pode modificar o panorama das ações no curto prazo.
Eletrobras: Balancetes instáveis a cada trimestre dão o tom aos ativos da empresa. A dificuldade em saber o que esperar a cada trimestre traz certa desconfiança aos investidores de médio a longo prazo. Após a distribuição dos antigos dividendos, parece que a atratividade dos ativos da empresa caiu consideravelmente. Entre todas empresas do setor, é a pior em termos de rentabilidade em 2010.
Celesc: Apesar dos bons resultados dos últimos dois trimestres e dos indicadores atuais atraentes, a parte administrativa da empresa deixa muito a desejar sendo até criticada por grandes acionistas da empresa. Deverá ser difícil no curto prazo a empresa se tornar atraente.
CPFL: A empresa com melhor rentabilidade em 2010 do setor. Os últimos dois trimestres apresentaram bons resultados principalmente com melhora significativa do resultado operacional. Pelos indicadores atuais, o ROE é o que mais chama a atenção pela lado positivo.
Energias do Brasil: Apresenta resultados consistentes e crescentes. Em termos de indicadores atuais, a empresa é a que mais se aproxima em todos citados no anexo acima com as médias do setor apresentadas.
Equatorial: Difícil fazer qualquer análise nesse momento para empresa. No próximo dia 25 as ações da empresa passarão por uma cisão entre Equatorial e a empresa Redentor. Apenas como explicação para a cisão, para cada 100 ações de EQTL3 que o acionista possuir em 25/8/2010, irá receber 100 ações de EQTL3 e 100 ações de RDTR3.
Light: Ao preço corrente, a maior atratividade da empresa fica por conta dos dividendos, além do P/L também estar abaixo da média do setor. Pelo lado negativo, ficam as multas e a exposição negativa da empresa pela mídia por conta de problemas operacionais.
Tractebel: A empresa apresenta a Receita Bruta crescente e constante. Além da margem líquida e do ROE, nenhum outro indicador na tabela acima apresenta grande atratividade no momento.
Transmissão Paulista: Em relação aos indicadores atuais, o DY dos últimos doze meses é o que mais apresenta atratividade no momento. Além deste indicador, o P/L também chama a atenção de forma positiva.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Indicadores Fundamentalistas
Foi comentado algumas vezes neste Blog a importância de indicadores como P/L, VPA, ROE, ROIC, Dívida Bruta, PSR, DY, Liquidez Corrente,..., para a seleção de uma carteira de ações. Porém, muitas vezes, o significado destes indicadores fica aquém do conhecimento. Para tanto, apresentarei abaixo como funcionam e de onde provem estes dados.
P/L - Relação preço atual da ação dividido pelo lucro da empresa. Quanto menor o valor, mais interessante. O indicador, na maioria das divulgações aparece como o valor dos últimos 12 meses. O P/L considera que caso o lucro da empresa permaneça constante ao longo tempo, o investidor poderá receber de volta o capital aplicado inicialmente. Como exemplo é possível citar a empresa X que possui P/L=8. Isto significa que, na teoria, o investidor poderá reaver o capital investido em 8 anos caso o lucro da empresa permaneça constante.
VPA - Valor Patrimonial por Ação que se dá pela divisão do valor do patrimônio líquido dividido quantidade de ações. O patrimônio líquido representa a diferença, no balanço patrimonial de uma empresa, entre o valor dos ativos e dos passivos e o resultado de exercícios futuros. O patrimonio líquido é dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Reavaliação, Reservas de Lucros e, Lucros ou Prejuízos acumulados. Através de uma equação é possível identificá-lo como: Patrimônio Líquido = Bens + Direitos - Obrigações.
Para fins de analise, é utilizado o P/VPA (preço da ação dividido pelo valor patrimonial por ação), onde o valor se torna atraente, na maioria das vezes, quando há um valor abaixo de um. Isto não necessariamente é uma regra, pois há diversas ações de empresas que possuem um P/VPA historicamente abaixo de um.
ROE - Return On Equity ou Retorno sobre o Patrimônio. O retorno sobre o patrimônio líquido engloba três fatores que fazem parte da administração de uma empresa: lucratividade, administração de ativos e alavancagem financeira. Entendendo o retorno sobre o patrimônio como uma composição desses três fatores, o investidor pode ter uma idéia do potencial e da capacidade administrativa da empresa. Para se calcular o ROE, multiplica-se a margem líquida de uma empresa por seu giro de ativos e pela sua alavancagem financeira: ROE = (lucro líquido/vendas)*(vendas/total de ativos)*(total de ativos/patrimônio líquido) = (Lucro Líquido/Patrimônio Líquido).
Um valor interessante para investidores pode ser considerado um valor acima da taxa de juros no período corrente para investidores mais conservadores, ou acima de 15% em períodos consecutivos para investidores idealistas.
ROIC - Indicador de análise financeira que mede o retorno sobre o capital total investido na empresa (pelos acionistas e por terceiros). O capital investido é definido como a soma do patrimônio líquido (acionistas) e da dívida de longo prazo (terceiros) da empresa. Pode ser também descrito como a relação entre o resultado operacional amplo (líquido de IR) e o investimento total empregado.
Um valor satisfatório para investidores encontra-se acima de 10%.
Dívida Bruta - É a soma de todas obrigações financeiras (empréstimos, debêntures, títulos de renda fixa, etc..) de uma empresa, sejam elas de curto ou longo prazo. Deste montante devem ser deduzidas as disponibilidades da empresa, ou seja, a soma dos instrumentos que podem ser considerados como papel moeda. Um indicador muito utilizado no mercado acionário considera a dívida bruta pelo patrimônio líquido. Qualquer valor abaixo de um neste indicador se torna mais interessante ao investidor.
VF/LAJIDA - O valor da firma é calculado através da soma do valor de mercado da empresa com o seu endividamento líquido, isto é, dívida total menos o caixa da empresa. LAJIDA é o mesmo que EBITDA em português e reflete o fluxo de caixa operacional da companhia. A relação VF/LAJIDA é utilizada para determinar quantos anos seriam necessários para pagar o investimento do valor da empresa se todo o fluxo de caixa operacional estivesse disponível para isto.
Liquidez Corrente - Relação entre o ativo circulante e o passivo circulante apurados em cada exercício. Para cada R$1,00 de dívidas correntes (curto prazo), quanto à empresa mantém em ativos da mesma maturidade. Reflete a capacidade de pagamento no curto prazo. Isto é, quanto maior o valor do indicador, o ativo se torna mais atraente.
PSR - Price Sales Ratio. Valor de mercado da empresa dividido pela receita operacional líquida ou preço da ação dividido pela receita líquida por ação. Qualquer valor abaixo de um é considerado interessante. Porém, há que se notar quando a receita líquida da empresa possui um valor considerado baixo, consequentemente o PSR também será baixo. Neste caso, este indicador pode não ser relevante para uma análise do ativo.
P/L - Relação preço atual da ação dividido pelo lucro da empresa. Quanto menor o valor, mais interessante. O indicador, na maioria das divulgações aparece como o valor dos últimos 12 meses. O P/L considera que caso o lucro da empresa permaneça constante ao longo tempo, o investidor poderá receber de volta o capital aplicado inicialmente. Como exemplo é possível citar a empresa X que possui P/L=8. Isto significa que, na teoria, o investidor poderá reaver o capital investido em 8 anos caso o lucro da empresa permaneça constante.
VPA - Valor Patrimonial por Ação que se dá pela divisão do valor do patrimônio líquido dividido quantidade de ações. O patrimônio líquido representa a diferença, no balanço patrimonial de uma empresa, entre o valor dos ativos e dos passivos e o resultado de exercícios futuros. O patrimonio líquido é dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Reavaliação, Reservas de Lucros e, Lucros ou Prejuízos acumulados. Através de uma equação é possível identificá-lo como: Patrimônio Líquido = Bens + Direitos - Obrigações.
Para fins de analise, é utilizado o P/VPA (preço da ação dividido pelo valor patrimonial por ação), onde o valor se torna atraente, na maioria das vezes, quando há um valor abaixo de um. Isto não necessariamente é uma regra, pois há diversas ações de empresas que possuem um P/VPA historicamente abaixo de um.
ROE - Return On Equity ou Retorno sobre o Patrimônio. O retorno sobre o patrimônio líquido engloba três fatores que fazem parte da administração de uma empresa: lucratividade, administração de ativos e alavancagem financeira. Entendendo o retorno sobre o patrimônio como uma composição desses três fatores, o investidor pode ter uma idéia do potencial e da capacidade administrativa da empresa. Para se calcular o ROE, multiplica-se a margem líquida de uma empresa por seu giro de ativos e pela sua alavancagem financeira: ROE = (lucro líquido/vendas)*(vendas/total de ativos)*(total de ativos/patrimônio líquido) = (Lucro Líquido/Patrimônio Líquido).
Um valor interessante para investidores pode ser considerado um valor acima da taxa de juros no período corrente para investidores mais conservadores, ou acima de 15% em períodos consecutivos para investidores idealistas.
ROIC - Indicador de análise financeira que mede o retorno sobre o capital total investido na empresa (pelos acionistas e por terceiros). O capital investido é definido como a soma do patrimônio líquido (acionistas) e da dívida de longo prazo (terceiros) da empresa. Pode ser também descrito como a relação entre o resultado operacional amplo (líquido de IR) e o investimento total empregado.
Um valor satisfatório para investidores encontra-se acima de 10%.
Dívida Bruta - É a soma de todas obrigações financeiras (empréstimos, debêntures, títulos de renda fixa, etc..) de uma empresa, sejam elas de curto ou longo prazo. Deste montante devem ser deduzidas as disponibilidades da empresa, ou seja, a soma dos instrumentos que podem ser considerados como papel moeda. Um indicador muito utilizado no mercado acionário considera a dívida bruta pelo patrimônio líquido. Qualquer valor abaixo de um neste indicador se torna mais interessante ao investidor.
VF/LAJIDA - O valor da firma é calculado através da soma do valor de mercado da empresa com o seu endividamento líquido, isto é, dívida total menos o caixa da empresa. LAJIDA é o mesmo que EBITDA em português e reflete o fluxo de caixa operacional da companhia. A relação VF/LAJIDA é utilizada para determinar quantos anos seriam necessários para pagar o investimento do valor da empresa se todo o fluxo de caixa operacional estivesse disponível para isto.
Liquidez Corrente - Relação entre o ativo circulante e o passivo circulante apurados em cada exercício. Para cada R$1,00 de dívidas correntes (curto prazo), quanto à empresa mantém em ativos da mesma maturidade. Reflete a capacidade de pagamento no curto prazo. Isto é, quanto maior o valor do indicador, o ativo se torna mais atraente.
PSR - Price Sales Ratio. Valor de mercado da empresa dividido pela receita operacional líquida ou preço da ação dividido pela receita líquida por ação. Qualquer valor abaixo de um é considerado interessante. Porém, há que se notar quando a receita líquida da empresa possui um valor considerado baixo, consequentemente o PSR também será baixo. Neste caso, este indicador pode não ser relevante para uma análise do ativo.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Frontier Markets
Frontier Markets é um termo econômico que foi implementado no início da década de 1990 para descrever um subconjunto dos mercados emergentes. Nestes mercados já há investimento estrangeiro, porém as empresas possuem baixa capitalização de mercado e liquidez comparando-se aos mercados emergentes mais desenvolvidos. Investidores destes mercados acionários buscam altos retornos a longo prazo e baixa correlação com outros mercados. Alguns países como Bangladesh, Botsuana, Bulgária, Croácia, Equador, Estônia, Gana, Jamaica, Quênia, Arábia Saudita, Letônia, Lituânia, Nigéria, Panamá, Romênia, Catar, Tunísia, Ucrânia entre outros fazem parte deste mercado.
Comento sobre este mercado neste post devido a reportagem principal do periódico norte americano Barrons desta semana, o qual destaca o momento propício para investir em alguns países da África subsaariana. Os tópicos apresentados como relevantes no momento indicando um momento interessante para os mercados acionários daquele continente incluem o crescimento substancial (5% a 8% ao ano) da economia de alguns países como Nigéria e Gana, os recursos naturais disponíveis que são produzidos e exportados atualmente para o mercado chinês, o aumento da renda bruta per capita em 53% de 2000 a 2008, entre outros fatores positivos.
Como fatores negativos destacam-se a opinião da Câmara de Comércio norte americana que revela o continente como ainda não propício para investimentos devido à corrupção, falta de comprometimento as leis, governos instáveis, infra-estrutura inadequada, entre outros. Como fatores negativos específicos dos mercados acionários enfatizam-se o baixo valor de mercado das empresas, a dependência das commodities relacionada ao mercado da China e a baixa liquidez.
Na própria reportagem é feita algumas comparações entre Brasil e Nigéria como as questões do Petróleo ser estatal, assim como algumas empresas de telecomunicações e o forte crescimento na economia nos últimos anos.
O que faz sentido para uma reportagem assim é o fato de classificar estes países como os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) de vinte anos atrás, onde se encontravam com dificuldades similares (guardadas as devidas proporções) aos atuais africanos no momento como os problemas econômicos, políticos, de infra-estrutura,... etc.
Apesar de a reportagem ser extremamente interessante por ser um assunto novo e que pode vir a se tornar tendência mundial em alguns anos, citando até alguns meios para se investir em empresas daquela região como fundos de investimento ou ETF's (Exchange Trade Funds), faltaram informações básicas e extremamente relevantes como indicadores econômicos (Taxas de Juros e Inflação) e processos presidenciáveis, pois muitos se encontram há anos nos cargos.
Para quem tem interesse em ler a reportagem completa segue o link da Barrons direto a reportagem:
http://online.barrons.com/article/SB50001424052970204876804575393250733995816.html?mod=BOL_hpp_emr#articleTabs_panel_article%3D1
Comento sobre este mercado neste post devido a reportagem principal do periódico norte americano Barrons desta semana, o qual destaca o momento propício para investir em alguns países da África subsaariana. Os tópicos apresentados como relevantes no momento indicando um momento interessante para os mercados acionários daquele continente incluem o crescimento substancial (5% a 8% ao ano) da economia de alguns países como Nigéria e Gana, os recursos naturais disponíveis que são produzidos e exportados atualmente para o mercado chinês, o aumento da renda bruta per capita em 53% de 2000 a 2008, entre outros fatores positivos.
Como fatores negativos destacam-se a opinião da Câmara de Comércio norte americana que revela o continente como ainda não propício para investimentos devido à corrupção, falta de comprometimento as leis, governos instáveis, infra-estrutura inadequada, entre outros. Como fatores negativos específicos dos mercados acionários enfatizam-se o baixo valor de mercado das empresas, a dependência das commodities relacionada ao mercado da China e a baixa liquidez.
Na própria reportagem é feita algumas comparações entre Brasil e Nigéria como as questões do Petróleo ser estatal, assim como algumas empresas de telecomunicações e o forte crescimento na economia nos últimos anos.
O que faz sentido para uma reportagem assim é o fato de classificar estes países como os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) de vinte anos atrás, onde se encontravam com dificuldades similares (guardadas as devidas proporções) aos atuais africanos no momento como os problemas econômicos, políticos, de infra-estrutura,... etc.
Apesar de a reportagem ser extremamente interessante por ser um assunto novo e que pode vir a se tornar tendência mundial em alguns anos, citando até alguns meios para se investir em empresas daquela região como fundos de investimento ou ETF's (Exchange Trade Funds), faltaram informações básicas e extremamente relevantes como indicadores econômicos (Taxas de Juros e Inflação) e processos presidenciáveis, pois muitos se encontram há anos nos cargos.
Para quem tem interesse em ler a reportagem completa segue o link da Barrons direto a reportagem:
http://online.barrons.com/article/SB50001424052970204876804575393250733995816.html?mod=BOL_hpp_emr#articleTabs_panel_article%3D1
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Rentabilidade dos mercados acionários pelo mundo
Fim de mais uma segunda feira nos mercados acionários mundiais e quase fim do mês de julho. Até aqui, devido ao cenário de incertezas e da aproximação dos países em um mundo globalizado, as Bolsas pelo mundo apresentam em sua maioria performances negativas. Para fazer uma comparação mais apurada, colocarei abaixo os rendimentos de diversos índices no ano e seus respectivos resultados em dólar.
Américas:
Nas Américas, destaque para a Bolsa eletrônica Nasdaq e para o índice mexicano IPC. A Nasdaq possui uma rentabilidade positiva no mês de julho de 3,3% devido aos resultados das empresas de tecnologia estarem sendo satisfatórios nesse período (2T10) o que proporcionou um ganho no ano de 1,2% para o índice.
O índice mexicano surpreende de forma positiva os investidores em geral e as recomendações sobre a Bolsa daquele país aumentam de forma significativa devido a recuperação econômica do país visto pelos últimos dois PIB's trimestrais divulgados e pelo recente empréstimo do Banco Mundial para o desenvolvimento em infra estrutura. Não a toa e de acordo com expectativas futuras, encontra-se com a segunda melhor performance (dolarizados) dos quinze índices de Bolsas citadas acima, embora o fluxo de dinheiro no IPC não seja grande (cerca de 5 vezes menor que o Ibovespa) . Vale ressaltar que o PIB mexicano contraiu-se 6,5% em 2009, comparável a crise do Peso em 1995. Uma recuperação da economia norte americana também conduz boas perspectivas para a economia mexicana visto a forte dependência das exportações para os EUA.
Já no Ibovespa, como não poderia deixar passar em branco, cito a Petrobras como a principal responsável pelo mau desempenho do índice no ano. A empresa que detém quase 11,5% na participação do índice brasileiro principal, através dos dois tipos de ações (Preferencial e Ordinária), apresenta no ano uma queda de aproximadamente 23%.
Na Europa, apesar do índice alemão DAX apresentar uma rentabilidade positiva no ano, em dólar o mesmo índice apresenta performance negativa de 5,8%. Isso ocorre devido a desvalorização do Euro frente ao Dólar, o que é possível notar também o porque dos fracos desempenhos dos outros países da zona do Euro como Reino Unido, França e principalmente Espanha. Esta última além do fator já citado, preocupa o fato do desemprego oficial estar em torno dos 20% o que afeta os resultados ainda mais além da desvalorização de sua moeda corrente.
Pelo campo positivo, reinam absolutamente tranquilos, em comparação com os mercados acionários citados anteriormente, os investidores da índice nórdico (OMX Stockholm 30). As empresas com maior destaque e liquidez são: Ericsson, SwedBank, Volvo e Sandvik.
Pelo lado ásiatico, fica como destaque o índice Nikkei e a recuperação da moeda japonesa (yen) frente ao dólar norte americano, no ano. O índice do mercado acionário vem em forte declínio desde o início da década de 90, tentando uma recuperação sem sucesso entre 2004 e 2008. Já o mercado acionário Chinês, através de seu índice SEC (Shanghai Stock Exchange) apresenta uma rentabilidade no ano negativa de 21,3%, principalmente em relação as dúvidas à continuidade da forte expansão do PIB e projeções de crescimento de setores da economia.
Américas:
Índice / No ano / Em dólar
Dow Jones / 0,93% / 0,93%
SP500 / -0,01% / -0,01%
Nasdaq / 1,20% / 1,20%
Mexico IPC / 2,61% / 5,87%
Ibovespa / -3,13% / -4,46%
Europa:
Índice / No ano / Em dólar
FTSE 100 / -1,14% / -5,18%
CAC 40 / -7,63% / -16,28%
DAX / 3,97% / -5,77%
IBEX 35 / -12,00% / -20,25%
AEX / 0,74% / -8,70%
Swiss Market / -5,29% / -6,59%
OMX Stockholm 30 / 11,32% / 9,24%
Ásia:
Índice / No ano / Em dólar
Nikkei / -9,89% / -3,50%
Hang Seng / -4,72% / -4,87%
S&P ASX 200/ -7,89% / -7,47%
Como conclusão sobre os dados acima, é possível fazer uma analogia para entender o por que de alguns países estarem performando de forma superior a outros.
Índice / No ano / Em dólar
FTSE 100 / -1,14% / -5,18%
CAC 40 / -7,63% / -16,28%
DAX / 3,97% / -5,77%
IBEX 35 / -12,00% / -20,25%
AEX / 0,74% / -8,70%
Swiss Market / -5,29% / -6,59%
OMX Stockholm 30 / 11,32% / 9,24%
Ásia:
Índice / No ano / Em dólar
Nikkei / -9,89% / -3,50%
Hang Seng / -4,72% / -4,87%
S&P ASX 200/ -7,89% / -7,47%
Como conclusão sobre os dados acima, é possível fazer uma analogia para entender o por que de alguns países estarem performando de forma superior a outros.
Nas Américas, destaque para a Bolsa eletrônica Nasdaq e para o índice mexicano IPC. A Nasdaq possui uma rentabilidade positiva no mês de julho de 3,3% devido aos resultados das empresas de tecnologia estarem sendo satisfatórios nesse período (2T10) o que proporcionou um ganho no ano de 1,2% para o índice.
O índice mexicano surpreende de forma positiva os investidores em geral e as recomendações sobre a Bolsa daquele país aumentam de forma significativa devido a recuperação econômica do país visto pelos últimos dois PIB's trimestrais divulgados e pelo recente empréstimo do Banco Mundial para o desenvolvimento em infra estrutura. Não a toa e de acordo com expectativas futuras, encontra-se com a segunda melhor performance (dolarizados) dos quinze índices de Bolsas citadas acima, embora o fluxo de dinheiro no IPC não seja grande (cerca de 5 vezes menor que o Ibovespa) . Vale ressaltar que o PIB mexicano contraiu-se 6,5% em 2009, comparável a crise do Peso em 1995. Uma recuperação da economia norte americana também conduz boas perspectivas para a economia mexicana visto a forte dependência das exportações para os EUA.
Já no Ibovespa, como não poderia deixar passar em branco, cito a Petrobras como a principal responsável pelo mau desempenho do índice no ano. A empresa que detém quase 11,5% na participação do índice brasileiro principal, através dos dois tipos de ações (Preferencial e Ordinária), apresenta no ano uma queda de aproximadamente 23%.
Na Europa, apesar do índice alemão DAX apresentar uma rentabilidade positiva no ano, em dólar o mesmo índice apresenta performance negativa de 5,8%. Isso ocorre devido a desvalorização do Euro frente ao Dólar, o que é possível notar também o porque dos fracos desempenhos dos outros países da zona do Euro como Reino Unido, França e principalmente Espanha. Esta última além do fator já citado, preocupa o fato do desemprego oficial estar em torno dos 20% o que afeta os resultados ainda mais além da desvalorização de sua moeda corrente.
Pelo campo positivo, reinam absolutamente tranquilos, em comparação com os mercados acionários citados anteriormente, os investidores da índice nórdico (OMX Stockholm 30). As empresas com maior destaque e liquidez são: Ericsson, SwedBank, Volvo e Sandvik.
Pelo lado ásiatico, fica como destaque o índice Nikkei e a recuperação da moeda japonesa (yen) frente ao dólar norte americano, no ano. O índice do mercado acionário vem em forte declínio desde o início da década de 90, tentando uma recuperação sem sucesso entre 2004 e 2008. Já o mercado acionário Chinês, através de seu índice SEC (Shanghai Stock Exchange) apresenta uma rentabilidade no ano negativa de 21,3%, principalmente em relação as dúvidas à continuidade da forte expansão do PIB e projeções de crescimento de setores da economia.
domingo, 18 de julho de 2010
Títulos Públicos
Alocação de Recursos significa nada mais que diversificação do portfólio de investimentos de acordo com o lema: "obter o maior retorno, através do menor risco". Nesta diversificação utilizam-se diversas alternativas como Ações, Títulos Públicos e/ou Privados, Dinheiro (leia-se moeda nacional ou internacional), Imóveis e/ou Fundos Imobiliários, Commodities e outros investimentos alternativos como Hedge Funds, Private Equity, Venture Capital,.....
Neste post, especificamente, comento sobre Títulos Públicos, que são a forma do Governo Federal captar recursos financeiros para investimentos em infra-estrutura, educação, saúde etc,... e para o financiamento da dívida pública.
E por que alocar parte dos recursos em Títulos Públicos? Na verdade, estes títulos além de ser uma forma de diversificação do portfólio de investimentos podem proporcionar rentabilidades superiores a outros investimentos de Renda fixa como o CDB e Poupança.
As características dos Títulos Públicos são variadas conforme apresentação abaixo:
LTN (Letras do Tesouro Nacional): Títulos com rentabilidade definida (taxa fixa) no momento da compra, ou seja, no momento do investimento, sabe-se qual será o valor final. A forma de pagamento é no vencimento do título.
LFT (Letras Financeiras do Tesouro): Títulos com rentabilidade diária vinculada a taxa de juros básica brasileira. A forma de pagamento é no vencimento.
NTN-C (Notas do Tesouro Nacional - série C): Títulos com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), acrescida de juros definidos no momento da compra. A forma de pagamento ocorre de forma semestral (juros) e no vencimento (principal).
NTN-B (Notas do Tesouro Nacional - série B): Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acrescido de juros no momento da compra. A forma de pagamento ocorre de forma semestral (juros) e no vencimento (principal).
NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional - série B): Se difere do título acima apenas na forma de pagamento onde não há pagamento semestral de juros e sim, apenas no vencimento (principal).
NTN-F (Notas do Tesouro Nacional - série F): Título com rentabilidade prefixada, definida no momento da compra. A forma de pagamento ocorre de forma semestral (juros) e no vencimento (principal).
Referente aos custos, além do valor pago pelo Título, A CBLC (Cia. Brasileira de Liquidação e Custódia) cobra uma taxa de custódia de 0,4% ao ano sobre o valor da compra referente aos serviços de guarda e movimentação dos títulos pelos investidores. Outra taxa a ser cobrada pela compra e "manutenção" dos títulos é feita pelo Banco ou Corretora. As taxas destes últimos variam de 0 (zero) a 4,0% ao ano. Caso tenha interesse, segue o link dos agentes de custódia integrados e/ou habilitados e suas respectivas taxas referentes ao Tesouro Direto. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/agentes_integrados.asp
Em relação ao Imposto de Renda a ser cobrado pelos Títulos, é imputado o imposto regressivo, ou seja, o mesmo utilizado para os fundos de Renda Fixa. Isso significa que para o investidor o melhor a fazer é permanecer com o título sob sua guarda até no mínimo 720 dias ou quase 2 anos. Além de oferecer essa vantagem aos detentores de títulos mais longos, o tesouro Direto oferece também melhores taxas para prazos mais longos. Atualmente os títulos que oferecem melhores rentabilidades são as NTN-F ou LTN.
Caso tenha mais dúvidas sobre essa modalidade de aplicação, segue o link do Tesouro Direto: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/
Alguns outros comentaristas mais conhecidos de investimentos estão sempre abordando o tema Títulos Públicos. Dentre eles, recomendo o link do Mauro Halfeld: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mauro-halfeld/MAURO-HALFELD.htm ou o Blog do Gustavo Cerbasi: http://portalexame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-cerbasi/
Neste post, especificamente, comento sobre Títulos Públicos, que são a forma do Governo Federal captar recursos financeiros para investimentos em infra-estrutura, educação, saúde etc,... e para o financiamento da dívida pública.
E por que alocar parte dos recursos em Títulos Públicos? Na verdade, estes títulos além de ser uma forma de diversificação do portfólio de investimentos podem proporcionar rentabilidades superiores a outros investimentos de Renda fixa como o CDB e Poupança.
As características dos Títulos Públicos são variadas conforme apresentação abaixo:
LTN (Letras do Tesouro Nacional): Títulos com rentabilidade definida (taxa fixa) no momento da compra, ou seja, no momento do investimento, sabe-se qual será o valor final. A forma de pagamento é no vencimento do título.
LFT (Letras Financeiras do Tesouro): Títulos com rentabilidade diária vinculada a taxa de juros básica brasileira. A forma de pagamento é no vencimento.
NTN-C (Notas do Tesouro Nacional - série C): Títulos com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), acrescida de juros definidos no momento da compra. A forma de pagamento ocorre de forma semestral (juros) e no vencimento (principal).
NTN-B (Notas do Tesouro Nacional - série B): Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acrescido de juros no momento da compra. A forma de pagamento ocorre de forma semestral (juros) e no vencimento (principal).
NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional - série B): Se difere do título acima apenas na forma de pagamento onde não há pagamento semestral de juros e sim, apenas no vencimento (principal).
NTN-F (Notas do Tesouro Nacional - série F): Título com rentabilidade prefixada, definida no momento da compra. A forma de pagamento ocorre de forma semestral (juros) e no vencimento (principal).
Referente aos custos, além do valor pago pelo Título, A CBLC (Cia. Brasileira de Liquidação e Custódia) cobra uma taxa de custódia de 0,4% ao ano sobre o valor da compra referente aos serviços de guarda e movimentação dos títulos pelos investidores. Outra taxa a ser cobrada pela compra e "manutenção" dos títulos é feita pelo Banco ou Corretora. As taxas destes últimos variam de 0 (zero) a 4,0% ao ano. Caso tenha interesse, segue o link dos agentes de custódia integrados e/ou habilitados e suas respectivas taxas referentes ao Tesouro Direto. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/agentes_integrados.asp
Em relação ao Imposto de Renda a ser cobrado pelos Títulos, é imputado o imposto regressivo, ou seja, o mesmo utilizado para os fundos de Renda Fixa. Isso significa que para o investidor o melhor a fazer é permanecer com o título sob sua guarda até no mínimo 720 dias ou quase 2 anos. Além de oferecer essa vantagem aos detentores de títulos mais longos, o tesouro Direto oferece também melhores taxas para prazos mais longos. Atualmente os títulos que oferecem melhores rentabilidades são as NTN-F ou LTN.
Caso tenha mais dúvidas sobre essa modalidade de aplicação, segue o link do Tesouro Direto: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/
Alguns outros comentaristas mais conhecidos de investimentos estão sempre abordando o tema Títulos Públicos. Dentre eles, recomendo o link do Mauro Halfeld: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mauro-halfeld/MAURO-HALFELD.htm ou o Blog do Gustavo Cerbasi: http://portalexame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-cerbasi/
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Fórmulas Fundamentalistas
Muitos investidores fundamentalistas têm sua própria maneira de investir, porém alguns aspectos se encaixam de uma forma mais adequada a cada perfil. Neste post, comentarei sobre dois ícones que inspiram muitos outros investidores em valor do mercado acionário: Joel Greenblatt e sua fórmula mágica e Benjamim Graham para investidores defensivos
Joel Greenblatt apresenta em seu livro "The Little Book that beats the market" seu método de investimento: Magic Formula ou Fórmula Mágica. Nesta fórmula ele mostra como comprar uma boa empresa a um preço satisfatório seguindo um critério pré-estabelecido e simples através de um ranking formado após a utilização dos indicadores Preço/Lucro e ROE (Return on Equity ou Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido) das empresas listadas em Bolsa. Para isso, é necessária a criação de três listas/colunas. Na primeira colocam-se as empresas com P/L menor para o maior. Na segunda, imputa-se o ROE no sentido do maior para o menor e na terceira chega-se ao resultado após a soma das posições das empresas. Neste caso, a melhor alternativa é a empresa que apresenta menor valor na soma. Greenblatt também propõem que o investidor forme uma carteira baseada na fórmula mágica com cerca de doze ações, comprando três a cada trimestre e delas faça um rodízio anual. Abaixo, apresento de uma forma melhor visualizada. Apenas para elucidar este conceito, irei utilizar as cinco empresas que possuem maior percentual no Índice Bovespa na atualidade.
PETR4 - 18,1% - 2
BBDC4 - 19,5% - 3
VALE5 - 10,0% - 4
BVMF3 - 4,7% - 5
Coluna 3 - Resultado
PETR4 - 1+2=3
ITUB4 - 3+1=4
BBDC4 - 2+3=5
VALE5 - 4+4=8
BVMF3 -5+5=10
Portanto, para Greenblatt, através de sua Fórmula Mágica a melhor alternativa de investimento seria a Petrobras (PETR4).
Há um link bem interessante que apresenta um estudo um pouco mais completo dos últimos anos sobre os resultados apresentados seguindo este método versus os mercados acionários.
http://www.fundamentus.com.br/arquivos/greenblatt.pdf
Ben Graham descreve no livro "O Investidor Inteligente" algumas condições que o investidor defensivo deve analisar para a escolha de ações como: Tamanho adequado da empresa; Uma condição financeira suficientemente forte; Estabilidade de lucros; Histórico de dividendos; Crescimento dos lucros; Razão preço/lucro moderado; Razão preço/ativos moderada. Nesta última, o investidor analisa que "o preço atual da ação não deveria ser mais do que 1,5 vez o último valor contábil divulgado. No entanto, um múltiplo de lucros inferior a 15 poderia justificar um múltiplo de ativos correspondentemente maior. Como uma regra de bolso, sugerimos que o produto do múltiplo não deva exceder 22,5."
Para exemplificar melhor esta conta, apresento abaixo os mesmos ativos que utilizei na fórmula acima.
Ação - P/L - P/VPA - Produto
PETR4 / 7,8 * 1,4 = 10,9
BVMF3 / 25,5 * 1,2 = 30,6
BBDC4 / 13,2 * 2,6 = 33,7
VALE5 / 20,6 * 2,1 = 42,2
ITUB4 / 15,0 * 3,2 = 48,1
Portanto, para Graham, a única alternativa de investimento nesse momento seria Petrobras (PETR4). Neste caso, é fácil verificar que seguindo as duas lógicas dos investidores, Petrobras seria a melhor escolha. Nota-se também a disparidade dos interesses sobre ITUB4.
De forma óbvia estas são idéias interessantes e estudadas que ao longo do tempo se mostraram eficientes, cada uma de acordo com sua lógica, e que foram adotadas pelos investidores. Acredito ser válido estes dois pontos implementados, porém como uma forma inicial de "peneirar" os investimentos em ações. Há também diversos outros fatores que devem ser levados em consideração como os indicadores PSR, as Margens de cada empresa, as respectivas dívidas, crescimento anual, perspectivas do setor e administração da empresa.
Joel Greenblatt apresenta em seu livro "The Little Book that beats the market" seu método de investimento: Magic Formula ou Fórmula Mágica. Nesta fórmula ele mostra como comprar uma boa empresa a um preço satisfatório seguindo um critério pré-estabelecido e simples através de um ranking formado após a utilização dos indicadores Preço/Lucro e ROE (Return on Equity ou Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido) das empresas listadas em Bolsa. Para isso, é necessária a criação de três listas/colunas. Na primeira colocam-se as empresas com P/L menor para o maior. Na segunda, imputa-se o ROE no sentido do maior para o menor e na terceira chega-se ao resultado após a soma das posições das empresas. Neste caso, a melhor alternativa é a empresa que apresenta menor valor na soma. Greenblatt também propõem que o investidor forme uma carteira baseada na fórmula mágica com cerca de doze ações, comprando três a cada trimestre e delas faça um rodízio anual. Abaixo, apresento de uma forma melhor visualizada. Apenas para elucidar este conceito, irei utilizar as cinco empresas que possuem maior percentual no Índice Bovespa na atualidade.
Coluna 1 - P/L
PETR4 - 7,8 - 1
BBDC4 - 13,2 -2
ITUB4 - 15,0 -3
VALE5 - 20,6 - 4
BVMF3 - 25,5 - 5
Coluna 2 - ROE
ITUB4 - 21,3% -1PETR4 - 18,1% - 2
BBDC4 - 19,5% - 3
VALE5 - 10,0% - 4
BVMF3 - 4,7% - 5
Coluna 3 - Resultado
PETR4 - 1+2=3
ITUB4 - 3+1=4
BBDC4 - 2+3=5
VALE5 - 4+4=8
BVMF3 -5+5=10
Portanto, para Greenblatt, através de sua Fórmula Mágica a melhor alternativa de investimento seria a Petrobras (PETR4).
Há um link bem interessante que apresenta um estudo um pouco mais completo dos últimos anos sobre os resultados apresentados seguindo este método versus os mercados acionários.
http://www.fundamentus.com.br/arquivos/greenblatt.pdf
Ben Graham descreve no livro "O Investidor Inteligente" algumas condições que o investidor defensivo deve analisar para a escolha de ações como: Tamanho adequado da empresa; Uma condição financeira suficientemente forte; Estabilidade de lucros; Histórico de dividendos; Crescimento dos lucros; Razão preço/lucro moderado; Razão preço/ativos moderada. Nesta última, o investidor analisa que "o preço atual da ação não deveria ser mais do que 1,5 vez o último valor contábil divulgado. No entanto, um múltiplo de lucros inferior a 15 poderia justificar um múltiplo de ativos correspondentemente maior. Como uma regra de bolso, sugerimos que o produto do múltiplo não deva exceder 22,5."
Para exemplificar melhor esta conta, apresento abaixo os mesmos ativos que utilizei na fórmula acima.
Ação - P/L - P/VPA - Produto
PETR4 / 7,8 * 1,4 = 10,9
BVMF3 / 25,5 * 1,2 = 30,6
BBDC4 / 13,2 * 2,6 = 33,7
VALE5 / 20,6 * 2,1 = 42,2
ITUB4 / 15,0 * 3,2 = 48,1
Portanto, para Graham, a única alternativa de investimento nesse momento seria Petrobras (PETR4). Neste caso, é fácil verificar que seguindo as duas lógicas dos investidores, Petrobras seria a melhor escolha. Nota-se também a disparidade dos interesses sobre ITUB4.
De forma óbvia estas são idéias interessantes e estudadas que ao longo do tempo se mostraram eficientes, cada uma de acordo com sua lógica, e que foram adotadas pelos investidores. Acredito ser válido estes dois pontos implementados, porém como uma forma inicial de "peneirar" os investimentos em ações. Há também diversos outros fatores que devem ser levados em consideração como os indicadores PSR, as Margens de cada empresa, as respectivas dívidas, crescimento anual, perspectivas do setor e administração da empresa.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Indicadores por setor - Atualização
Apenas como atualização de indicadores é possível ter uma noção mais direta sobre o momento atual das empresas e de suas pares. Neste post comento sobre este momento e destaco as melhores empresas de cada setor, segundo seus respectivos indicadores.
Construção Civil: A visão sobre este setor não se modificou das últimas considerações feitas neste mesmo Blog. A continuidade da expansão dos resultados das empresas e do momento vivido pelo setor no Brasil é claramente visualizado, principalmente nos grandes centros. Há, por outro lado, os que consideram que uma grande bolha especulativa vem sendo construída ao longo dos últimos meses. A alta da taxa de juros no país aliado a adoção ao padrão IFRS de contabilidade são os riscos mais iminentes no momento às empresas deste setor.
Como indicadores atuais visualizados na tabela, Eztec e Helbor continuam como os destaques positivos do setor. Baixos P/L, P/VP, P/EBIT, PSR são dados atuais das empresas que chamam atenção, da mesma forma como a Margem Líquida de Eztec que continua a ser um diferencial para a empresa. É possível, também, destacar de forma positiva no momento Even, Cyrela e Tecnisa.
PDG Realty e Gafisa podem ser boas alternativas em um futuro próximo devido as recentes incorporações de Agre e Tenda, respectivamente, porém no momento atual há outras alternativas mais interessantes como as destacadas acima.
Siderurgia: Com indicadores não muito atraentes no momento como P/L, PSR, DY e ROE, os investidores em valor das empresas deste setor vem sofrendo com a instabilidade dos mercados e aguardam os próximos resultados, principalmente após os reajustes de preços do minério. Pelo lado negativo fica a divulgação recente da diminuição do crescimento da China de 0,3% no mês de Abril, abaixo das expectativas de 1,7%, o que pode refletir diretamente nos resultados futuros das empresas exportadoras de minério.
Consumo: O setor que apresenta os indicadores mais elevados dentro dos quatro analisados neste post. Como destaques positivos no momento, cito Souza Cruz e Pão de Açucar. A primeira principalmente pelo seu bom histórico de pagamento de dividendos. Já a segunda por além de apresentar indicadores interessantes como PSR e Giro de Ativos, cria uma expectativa maior entre os investidores pela fusão com a Casas Bahia.
Medicamentos: Um setor que vem se expandindo nos últimos meses por fusões e aquisições. No momento atual, segundo tabela acima, o destaque fica por conta da Cremer pelo alto ROE e por seu alto DY devido não apenas a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio, mas também as restituições de capital da empresa.
Todos os indicadores foram retirados do site www.fundamentus.com.br ao final do pregão de 7/7/10.
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