Chegou a hora de vender, de manter ou de comprar ações? Desde a máxima do Ibovespa nesse ano, em 9/4, em que atingiu 71.989 pontos, o mercado ja caiu 12,7%.
Apenas na primeira semana de Maio, o Ibovespa desvalorizou-se 6,9%. Nessa mesma semana, o índice da Bolsa norte americana Dow Jones chegou a um recorde negativo em sua história perdendo praticamente 1000 pontos em questão de minutos na tarde de quinta feira (6/5). Porém, o índice se recuperou e fechou perdendo "apenas" 342 pontos. Para se ter uma idéia o que esse número representa, o maior valor em termos de perda na história do DJ em um dia foi de 778 pontos em 29/9/2008. Não se sabe, ainda, ao certo se essa queda de quase 1000 pontos foi erro humano ou algum computador que disparou ordens de venda de forma errada. Ações da Procter & Gamble declinaram de $60 para $40 em segundos, assim como ações da Accenture caíram de $40 para espantosos $0,01. Ainda na semana o índice DJ fechou em queda de 5,7%, o SP500 caiu 6,4%, o alemão DAX -6,9% e a Bolsa de Shanghai -6,4%.
Em uma semana volátil e de perdas como essa, muitos investidores já começam a coçar cabeça pensando se o pior está por vir pelas más notícias vindas da Europa, juntando-se a erros operacionais que assustam e colocam muitos em pânico. Basta verificar que no mesmo momento que o índice DJ declinou fortemente, Bolsas de várias partes do mundo acompanharam o movimento obtendo grandes quedas momentâneas.
Porém, ao mesmo tempo que passa toda essa volatilidade, empresas brasileiras estão divulgando seus resultados do primeiro trimestre de 2010 e os fundamentos de muitas empresas já começam a chamar a atenção pelo lado positivo. No entanto, nesse momento surge na cabeça de qualquer investidor aquela pergunta de um milhão de dólares: comprar agora baseando-se nos bons fundamentos atuais da empresa ou esperar a Bolsa cair mais para iniciar as compras? Será que teremos grandes oportunidades como ocorreram em 2008, quando algumas ações chegaram a níveis históricos de baixo P/L e de altíssimos DY?
Como já divulgado anteriormente por esse blog, um acompanhamento mais próximo dos fundamentos e números das empresas, das rentabilidades das mesmas e de seus respectivos concorrentes no setor faz-se necessário, assim como das commodities no mercado internacional pela dependência de ativos na Bolsa brasileira em relação a cotação das mesmas.
Em contraste com o princípio de pânico, chega o momento de investidores mais experientes que possuem boa diversificação em suas alocações de recursos migrarem parte para ações, devido a estratégias definidas para momentos como esses. Independente da migração de recursos ocorrer em grande escala ou vagarosamente durante uma possível contínua queda da Bolsa, o critério fica exclusivamente do princípio de cada investidor. Outra estratégia adotada por investidores é a troca de posições de um ativo para outro se apropriando do custo de oportunidade do momento sem injetar novos recursos na Bolsa.
O fato é que a queda da Bolsa de 2008 ainda está na memória de muitos devido às grandes perdas. Portanto, o período agora é acompanhar o desfecho da novela européia e avaliar se no futuro próximo ocorrerão mudanças sistemáticas ou não e quais ações ou setores poderão gerar maiores oportunidades de ganhos. Se serão ações defensivas, boas pagadoras de dividendos, agressivas ou empresas de crescimento.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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