terça-feira, 3 de agosto de 2010

Frontier Markets

Frontier Markets é um termo econômico que foi implementado no início da década de 1990 para descrever um subconjunto dos mercados emergentes. Nestes mercados já há investimento estrangeiro, porém as empresas possuem baixa capitalização de mercado e liquidez comparando-se aos mercados emergentes mais desenvolvidos. Investidores destes mercados acionários buscam altos retornos a longo prazo e baixa correlação com outros mercados. Alguns países como Bangladesh, Botsuana, Bulgária, Croácia, Equador, Estônia, Gana, Jamaica, Quênia, Arábia Saudita, Letônia, Lituânia, Nigéria, Panamá, Romênia, Catar, Tunísia, Ucrânia entre outros fazem parte deste mercado.

Comento sobre este mercado neste post devido a reportagem principal do periódico norte americano Barrons desta semana, o qual destaca o momento propício para investir em alguns países da África subsaariana. Os tópicos apresentados como relevantes no momento indicando um momento interessante para os mercados acionários daquele continente incluem o crescimento substancial (5% a 8% ao ano) da economia de alguns países como Nigéria e Gana, os recursos naturais disponíveis que são produzidos e exportados atualmente para o mercado chinês, o aumento da renda bruta per capita em 53% de 2000 a 2008, entre outros fatores positivos.

Como fatores negativos destacam-se a opinião da Câmara de Comércio norte americana que revela o continente como ainda não propício para investimentos devido à corrupção, falta de comprometimento as leis, governos instáveis, infra-estrutura inadequada, entre outros. Como fatores negativos específicos dos mercados acionários enfatizam-se o baixo valor de mercado das empresas, a dependência das commodities relacionada ao mercado da China e a baixa liquidez.

Na própria reportagem é feita algumas comparações entre Brasil e Nigéria como as questões do Petróleo ser estatal, assim como algumas empresas de telecomunicações e o forte crescimento na economia nos últimos anos.

O que faz sentido para uma reportagem assim é o fato de classificar estes países como os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) de vinte anos atrás, onde se encontravam com dificuldades similares (guardadas as devidas proporções) aos atuais africanos no momento como os problemas econômicos, políticos, de infra-estrutura,... etc.
Apesar de a reportagem ser extremamente interessante por ser um assunto novo e que pode vir a se tornar tendência mundial em alguns anos, citando até alguns meios para se investir em empresas daquela região como fundos de investimento ou ETF's (Exchange Trade Funds), faltaram informações básicas e extremamente relevantes como indicadores econômicos (Taxas de Juros e Inflação) e processos presidenciáveis, pois muitos se encontram há anos nos cargos.

Para quem tem interesse em ler a reportagem completa segue o link da Barrons direto a reportagem:
http://online.barrons.com/article/SB50001424052970204876804575393250733995816.html?mod=BOL_hpp_emr#articleTabs_panel_article%3D1

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