domingo, 25 de abril de 2010

As piores do ano

Nesse post, farei um estudo contrário dos muitos que vemos por aí. Aqui, colocarei informações referente às empresas de pior rentabilidade no ano dentro do IBrX-100 e porque amargam esse desprezo pelo mercado em 2010.


Brasil Telecom e Telemar - Sendo negociadas na Bovespa com os tickers BRTO4 e TMAR5, a primeira amarga, em 2010, uma queda de 31,0% enquanto a segunda cai 22,8%.
Uma desorganização em relação a nova estrutura societária, devido a incorporação de uma pela outra; falta de transparência; patrimônio líquido irreal da BRTO4 devido aos "novos" números (R$ 2.5 Bi de incontigências judiciais) indicados pela empresa no mês passado; incertezas no valor de troca por ação; tudo isso, aliado ao Fato relevante da Brasil Telecom de Abril/2008 que anunciava uma estimativa de 120 dias para um reestruturação societária desagradam investidores e faz com que as ações dessas empresas tenham um resultado pífio no ano até o momento.


B2W - Negociada com o ticker BTOW3, a ação da americanas.com junto ao Submarino tem uma queda 23,1% no ano até o momento. Apesar da aposta de muitos investidores para esse ano serem o consumo interno e varejo, as ações da empresa apresentam a segunda pior performance do IBrx-100. Queda nas margens bruta e líquida de 2009 em relação a 2008, acarretando numa queda do lucro líquido da companhia referenciando os dois anos acima; aumento considerável da despesa financeira (R$93,1 milhões no 4T09 ante R$58,2 milhões no mesmo período). Isso, aliado aos atuais números fundamentalistas da empresa como P/L acima de 87, P/VP e P/EBIT altíssimos apontam o porquê da rentabilidade das ações da empresa no ano.


Copasa - CSMG3 - As ações da Copasa amargam uma queda de 22,3% no ano até o momento. Dentro de uma grande parte das ações que compõem o IBrx-100 atualmente, a Copasa é uma das empresas que possui excelentes fundamentos. P/L em 5,5; P/VP em 1,2; margem líquida em 16,2%; DY em 6,2% e ROE em 14,1% mostra que as ações da empresa vem sofrendo em demasia sem grandes explicações até o momento. A queda do resultado financeiro (R$11.2 em 2009 ante R$52.9 em 2008) explicado pela queda do ganho real em aplicações financeiras; o aumento de custos com pessoal e material; o não reajuste de preços de serviços de água e esgoto desde Março/2008 e o risco político pela eleição de um Governador/MG que possa modificar alguma estrutura atual na empresa, visto que a empresa é estatal, são os possíveis e motivos pela rentabilidade da empresa no ano.


JHSF - JHSF3 - As ações da empresa apresentam uma queda, em 2010, de 20,5%.
Como coloquei em posts anteriores, não apenas JHSF vem amargando uma queda na rentabilidade das ações esse ano, mas a maioria das empresas do setor. O impacto na mudança da contabilização dos resultados pela implementação do IFRS (International Financing Reporting Standard) e um aumento das taxas de juros pelo Banco Central brasileiro podem estar penalizando as ações do setor. Em relação especificamente a JHSF, acredito que a empresa vem sofrendo mais que suas concorrentes do setor (dentro do IBrX-100) devido a não auditoria independente no EBITDA ajustado de 2009 e pela falta de resultados recorrentes, visto que a empresa teve um lucro elevado em 2009 devido a efeitos não recorrentes como a venda de Edifício Pinheiro Neto e do Shopping Metro Santa Cruz.


Açúcar Guarani - ACGU3 - A ação da companhia sofre uma queda, até o momento, de 18,9% no ano. Desde o início de Fevereiro já são mais de 25% de baixa. Alguns prováveis fatores para isso são: como commoditie, a rentabilidade das cotações do açúcar no mercado internacional caindo pouco mais de 40% no ano e a má receptividade pelo mercado em relação a reestruturação societária da empresa que será incorporada de forma total da TEREOS (empresa do ramo de alimentos e bioenergia) pela Guarani, que irá se transformar em um grupo controlador sob a Guarani (Brasil - açúcar) e Grupo Tereos (careal na Europa e cana de açúcar na região do Oceano Índico), listando suas ações no mercado brasileiro e na NYSE Euronext de Paris.

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